CONHEÇA SEUS INIMIGOS

Exu está sempre junto da Pomba Gira. Estas entidades prestam serviço no plano astral e material da terra. Cuidam do karma, colocando dificuldades e tentações no caminho dos homens, Os Exus possuem gêneros diferentes, e os Exus femininos são chamados Pomba Giras. Têm nomes distintos (diferentes dos nomes que tiveram em vida) e cumprem tarefas também específicas, como por exemplo, o Exu Tranca Rua é responsável por abrir e fechar caminhos; Maria Padilha cuida de assuntos amorosos (inclusive sexuais) e por isso as prostitutas invocam sua proteção. O símbolo mais comum associado a Exus é o tridente. Seus médiuns, incorporados, são chamados por eles, seus cavalos.



Obatalá (também conhecido como Oxalá) é filho direto de Olorum ou Olodumaré, sendo a mais elevada divindade Yorubá. Representa o céu, o princípio de tudo; ao tocar o mar, criou todos os outros Orixás. Teve como esposas Yemanjá e Naná. Possui um caráter determinado e independente.









Filho de Oduduwa e Yembo, irmão de Xangô, Oxóssi e Elegua. Ogum é o orixá que representa a fortaleza, o trabalho e a força vital. Dono de grande energia, é o orixá dos guerreiros, das guerras, das tecnologias, dos cirurgiões, dos exércitos. Possuidor de um caráter imbatível e implacável contra seus inimigos. Ogum é o senhor dos ferros e das correntes. Ele tem o poder e direito de construir e cortar, já que domina com seu facão.
Ogum se senta em Yoko Osha. É dono da floresta (montes) juntamente com Oxóssi e dos caminhos com Elegua. Seu nome origina-se do Yoruba Òggún (guerra). Originário de Ilesháa e foi rei de Irê. É quem faz a justiça com as próprias mãos, sem importar quem diga. Vários amores são vinculados a Ogum, mas o mais conhecido é Oyá. É o orixá protetor dos militares, soldados, trabalhadores, agricultores, cirurgiões e todos aqueles que trabalham com metais. É o orixá mais rico, pois controla todas as minas e metais que brotam da terra. Ogum é o pai da metamorfose, pois com sua imensa força e, com a ajuda do intenso calor, transforma o carvão em diamante, areia de pedra em mármore. Simboliza também os começos, o princípio, a manhã, a Primavera, os animais carnívoros, os chefes, o comando, a força, a violência, o impulso, a autoridade, a virilidade, a juventude, os acidentes na cabeça. Sua cor é o vermelho e o verde. Seu animal, o cachorro.

Olorum é a segunda manifestação de Olodumaré. Etimologicamente, "òlò=Senhor Òrún=céu; ou seja Senhor do Céu. A palavra também deriva de “Olo” (espaço, expansão) e “Lorun” (sol, energia), portanto, dentro da infinita supremacia de Olodumaré, que está em todos os movimentos e mudanças, por menor que sejam. Olorum está em contato direto com os homens. É dono da vida, dá energia e sustento na vida terrestre; dono das cores, da luz, do ar, do vigor e do esforço. Está sempre associado ao sol, como fonte de energia vital, já que é a energia deste astro que possibilita a vida na terra. Está sempre presente, de dia ou de noite, mesmo que não possamos vê-lo. Da energia deste deus.

Oxum, a segunda esposa de Xangô, é a deusa da fertilidade, da sexualidade e da sensualidade. Convive também com Ogum, Orumila e Oxossi. Quando todos os Orixás chegaram à terra, realizavam reuniões na qual as mulheres não podiam participar. Oxum ficou furiosa por não poder participar. Para vingar-se, fez as mulheres estéreis e impediu que as decisões dos Orixás fossem bem sucedidas. Desesperados, os Orixás foram pedir ajuda a Olodumaré, contando-lhe que, apesar de todas as boas intenções, as coisas não davam certo. Olodumaré perguntou então se Oxum prticipava das decisões e disse aos Orixás que, sem a presença dela, nenhuma empreitada daria certo. De volta à terra, os Orixás convidaram Oxum para participar das assembléias e, depois de muito pedido, ela aceitou. Depois disto, as mulheres voltaram a ser férteis e os projetos deram bons resultados. 

Reina sobre a água doce, sem a qual a vida na terra seria impossível. Gosta de ouro e aparece sempre como uma mulher elegante, portando jóias maciças. Sua imagem é frequentemente associada à maternidade. As mulheres que querem engravidar invocam sua ajuda e Oxum cuida tanto dos fetos, durante a gravidez, como dos recém-nascidos, até começarem a falar. Sua cor é o amarelo-ouro. Para alguns, isso mostra o prazer que Oxum tem com tudo o que é bonito e caro, pois seu gosto é muito refinado. Mãe da riqueza, Oxum é a alegria das mulheres fecundadas.

Ossaim, que veio ao mundo a mando de Olodumaré, é um Orixá que rege a natureza e, em si é a própria natureza. Com os conhecimentos de Ossaim salva-se a vida e prepara-se para a guerra. Afasta a morte. É médico, dono e possuidor de todos os segredos da natureza. É profundo conhecedor de todas as plantas, animais e minerais. É um orixá vidente. Todas as consagrações a Ossaim devem contar com ervas e plantas. Seus filhos são chamados Adajunshe. Ele é dono absoluto do monte e de toda a vegetação que ali se encontra. Célebre caçador e profundo conhecedor dos poderes mágicos das ervas, é o pai da farmacologia natural. Refugia-se na colina, onde vive sozinho. 

Oiá é a divindade dos ventos, tempestades e do rio Níger. Simboliza o caráter violento e impetuoso. Vive na porta dos cemitérios. Representa a intensidade dos sentimentos sombrios, o mundo dos mortos. Foi a primeira mulher de Xangô e é dona de um temperamento ardente e impetuoso. Diz a lenda que Xangô enviou Oiá ao povoado dos Baribas em busca de uma poção, que, uma vez ingerida, dava o poder a quem tomasse, de cuspir fogo pelo nariz e pela boca.

Oiá bebeu parte da poção, para desagrado de Xangô, que queria ter o poder sozinho. Antes de ser mulher de Xangô, havia sido mulher de Ogum, a quem traiu com Xangô. 

Filho de Oranian e Torosi, Xangô é originário do reino da cidade de Oyó, tendo alcançado o trono, depois de tirar dele seu meio-irmão, Dadá Ajacá. Possui grande credibilidade devido a sua reconhecida sabedoria e suas decisões são consideradas bem ponderadas e sábias. Decide sobre o bem e o mal; tem a capacidade natural de impôr suas decisões, tanto por seu poder de repreender, quanto por sua assertividade e honestidade inquestionáveis. É o orixá dos raios e dos trovões. O raio é uma das armas de Xangô, que o envia como castigo; porém nunca de maneira impulsiva ou arrebatada. É um orixá temido e respeitado que castiga ladrões, malfeitores e mentirosos. A justiça e seriedade caracterizam Xangô. Além disto, Xangô é viril e atrevido; justiceiro e violento. Teve três esposas: Oiá, com quem ia a guerra, Obá e Oxum. Dizem que a última foi seu grande amor. Xangô cresceu na terra da mãe, mas mudou-se depois a Kossô, onde os habitantes não o aceitavam por seu caráter violento. Entretanto, conseguiu estabelecer-se pela força. Acompanhado por seu povo, instalou-se ali. Seus irmãos são Dadá Ajaká e Obaluaiyê. Seu símbolo é o machado de dois cortes. Os filhos de Xangô, durante as cerimônias, levam nas mãos um instrumento utilizado somente por eles, feito com uma abóbora com pequenas sementes ou grãos no interior, que reproduz o barulho da chuva. 



Filha de Olokun, seu nome, Iemanjá, quer dizer “mãe cujos filhos são peixes”. É a divindade das águas salgadas e é tão velha quanto Obatalá e tão poderosa que, segundo dizem, por seu caráter forte e arrebatado, perdeu o domínio do mundo, ficando apenas com o domínio da superfície do mar. Casou-se primeiramente com Orumila, senhor da adivinhação e depois com Olofin (rei de Ifé), com quem teve dez filhos. Iemanjá, cansada de Ifé, fugiu. Anos antes, Olokun havia lhe dado um pequeno vidro com um preparado que, em caso de perigo, Iemanjá deveria romper. Quando estava cansada de fugir, ao invés de entregar-se, quebrou o vidro e, imediatamente, um rio começou a surgir, levando-a ao mar, lugar da morada de Olokun. Deu à luz aos 16 Orixás. Foi mulher de Babalú Ayé, de Aggayú, de Orula e de Ogum. Gosta de caçar e utilizar o facão. É indomável e esperta. Seus castigos são fortes e sua raiva, terrível, porém é justa. É protetora das doenças do ventre e das que possam causar morte na água, chuva ou umidade. Seus símbolos são dois remos, a coroa, o leme, o barco, corais, o sol, a lua cheia, a sereia, pratos, um salva-vidas, uma chave, um chocalho azul, ventarolas redondas e tudo o que se refere ao mar feito de ferro, prata ou prateado.
ESTES FORA OS AFRICANOS
CELTAS
Filha do deus Owell e filha adotiva do deus do mar, Manannan, Áine é das deusas do céu e rainha das fadas irlandesa. Como divindade, viaja pelo espaço e, em sua homenagem, se celebra a festa da noite de verão, transformada mais tarde na festa de São João. É também a Patrona de Munster, conhecida como Knockayne. É a deusa da fertilidade, do amor, do amanhecer, do sol e do fogo, caracterizada por inspirar paixão nos seres humanos. Era também. Além disto era a deusa do milho e do gado. Diz a lenda que o rei de Munster, Aillill Ollum, enlouquecido de amor por ela, tentou violenta-la. Áine o matou com sua magia. Por causa disto ela adotou a regra de nunca ter sexo com homens grisalhos. Depois disto apaixonou-se por Finn Mac Cunhhall, porém um feitiço deixou seus cabelos grisalhos. Áine, mesmo apaixonada, se manteve fiel a seus princípios. De vez em quando seduzia homens mortais para que fossem a seu palácio, imerso debaixo do lago. Costuma sentar-se numa pedra, conhecida como "a cadeira de parto", penteando seu longo cabelo louro com um pente dourado. Esta visão enlouquecia os homens de paixão, e os mesmos não sossegavam até vê-la novamente. Segundo outra lenda, teve um filho com um humano, Fitzgerald.

Morrighan, também conhecida como Morrigu, é a deusa celta da morte e da destruição. Sempre representada com sua armadura e armas. Está sempre presente nas guerras e é invocada com os chifres de guerra ou o gralhar dos corvos. Sua função na guerra é difundir a força e a ira entre os soldados. Seu nome significa "Grande Rainha" ou "Rainha do Espectro". Esta deusa também representa a renovação, a morte que dá lugar a uma nova vida, o amor, e o desejo sexual. A vida e a morte estão muito ligadas no universo celta. Morrighan é virgem, mãe e viúva. Pertence ao grupo dos Tuatha De Danann, os seres mágicos que viveram na Irlanda antes dos irlandeses atuais. Nas guerras, ela se transforma em corvo. É uma deusa completa que forma uma tríade sombria com Badbh e Macha, as três a mesma deusa, com características diferentes em cada manifestação. Também está relacionada à deusa Dana, "a Grande Mãe". O crânio dos mortos em batalha eram conhecidos como "bolas de Morrighan". Foi amante de reis e seduziu grandes soldados. Motivava os soldados celtas nos campos de batalha, que ao ouvirem-na sobrevoando, sabiam que o momento de transcender havia chegado e davam suas últimas forças, portanto Morrighan conferia força aos guerreiros. Dotada do poder da transformação, Morrighan também era deusa dos rios, lagos e de toda as águas doces.
HINDU

Brahma é o deus mais importante do bramanismo e, em sânscrito, significa “evolução” ou “desenvolvimento”. Junto a Vishnu e Shiva forma a “Trimurti”, trindade dos deuses mais importantes. É o criador do Universo, que não é outra coisa senão ele mesmo, em essência. Segundo o mito, os três deuses surgiram de um ovo cósmico posto pela deusa Ammavaru. Outro mito mais moderno sugere que Brahma surgiu de uma flor de lótus que flutuava no oceano, no umbigo de Vishnu. Em um terceiro mito, Brahma foi o primeiro ser criado por Brahma e ele é a primeira personificação absoluta dele. Ele é o esposo de Sarasvati (a deusa do conhecimento) e de Savitri (a filha do deus do Sol). Sendo o Criador, todos seus filhos são filhos de sua mente e não de seu corpo. Somente interfere ocasionalmente nos assuntos dos deuses e, mais raramente ainda, nos dos mortais. É considerado o pai de Dharma (o deus da religião). É representado tradicionalmente com quatro cabeças de barbas brancas (símbolo da sabedoria), quatro braços e pele vermelha. As mãos seguram um recipiente de água usado para criar vida, um colar de contas usado para registrar o tempo do Universo, o texto dos Vedas escrito em papel e uma flor de lótus. É representado montado sobre um cisne no qual voa pelo universo. Descendeu várias vezes à terra para dar leis aos homens e fixou a duração do mundo em 432.000 anos, ao final dos quais, destruirá o mundo material e fundará um novo, divino e espiritual.

Xiva, o “auspicioso”, é o deus destruidor da Trimurti, forma junto a Brahma e Vishnu a Trindade Hindu. É o deus da totalidade e o princípio de sua religião é que nada existe que não seja parte do corpo divino. É o deus da natureza, do mistério, o senhor do tantra e da ioga. É o deus do caos, do tempo, da morte e da vida. É ele que faz renascer. É o deus dos animais, da embriaguez, da aceitação, da reprodução, do conhecimento, da renúncia e do sacrifício. É o médico que cura e o deus dos que vivem à margem da sociedade. É o protetor dos artistas.
Teve como primeira consorte Sati, que se suicidou. Logo depois voltou a se casar, dessa vez com Pavarti, que dizia ser a reencarnação de Sati. Teve três filhos: Ayappa, Skanda e Ganesha. É representado como um homem de família e com três olhos, um dos quais se encontra no meio de sua testa (denotando sua capacidade de ver o passado, o presente e o futuro), sua pele tem uma cor azul cinzenta (coberta de cinzas). Uma lua em quarto crescente situada em frente a ele representa a divisão do tempo em meses, uma serpente em volta de seu pescoço representa a divisão em anos e um colar de crânios, a sucessiva extinção e criação das raças da humanidade.

FONTE: HISTORY CHANEL - http://www.seuhistory.com/deuses.html